Imagem obtida e divulgada, o empresário Eduardo DP, também apelidado de Imperador, com o cabelo raspado e vestindo uniforme dos presos do Complexo Penitenciário de Pedrinhas em São Luís- MA.
A polícia federal deflagrou, nesta quarta-feira, nas cidades de São Luís, Dom Pedro, Santo Antônio dos Lopes, Codó e barreirinhas, a operação odoacro, que tem como objetivo desarticular associação criminosa estruturada para promover fraudes licitatórias, desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro, envolvendo verbas federais da companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).
o principal alvo do trabalho de acordo com infomações extraoficiais, seria o empresário Eduardo José Bastos Costa (foto), mais conhecido pelo apelido de Eduardo DP, proprietário, de fato, da Construservice Empreendimento e Construções Ltda, construtora em contrato sediada em Codó e o que obteve, junto ao Governo
Federal, mais de R$ 140 milhões em contratos para execução de obras de infraestrutura no estado do maranhão.
A investigação constatou a existência de um engenhoso esquema de lavagem de dinheiro, perpetrado a partir do desvio do dinheiro público proveniente de procedimentos licitatórias fraudados. As diligencias apontam para a utilização do mesmo modus operandi, inclusive com as mesma pessoas interpostas em empresas de fachada, de condutas realizadas em 2015, quando a Polícia Civil conseguiu identificar uma associação criminosa instituída para desviar recursos públicos do Município de Dom Pedro/MA.
Após a referida operação policial, notou-se o esquema criminoso não recuou, ao contrario, acabou crescendo exponencialmente nos anos posteriores, alterando, apenas, a origem da verba desviada – que passou a ser federal.
Descobriu-se que são constituídas pessoas jurídicas de fachada, pertencentes formalmente a pessoas interpostas, e faticamente ao líder dessa associação criminosa, para competir entre si, com fim de sempre se sagrar vencedora das licitações a empresa principal do grupo, a qual possui vultosos contratos com a Codevasf.
O líder desse grupo criminoso, além de colocar as suas empresas e bens e nome de terceiros, ainda possui contas bancarias vinculadas a CPFs falsos, utilizando-se desse instrumento para perpetrar fraudes e dificultar a atuação dos órgãos de controle.
Ao todo, 80 policiais federais cumpriram as determinações judiciais expedidas pela 1ª Vara federal de São Luís/MA que decorre de uma representação elaborada pela polícia Federal .
Se confirmadas as suspeitas, os investigados poderão responder por faude à licitação, lavagem de capitais e associação criminosa. Somadas, as penas podem chegar a 16 anos de prisão.
Contratos com o Governo do MA- A construtora de Eduardo DP, de acordo com reportagem pulicada no atual7, abocanhou do Governo do Maranhão, somente entre 2015 e 2019, R$ 136.523.425,11 dos cofres públicos, via secretaria de Estado da infraestrutura, então comandada por Cleyton Noleto, hoje pré-candidato a deputado federal pelo PSB.